Sábado

Ontem foi sábado mas decidi ir até ao escritório, pois tinha uma série de assuntos pendentes em cima da minha mesa. Mas como ontem foi sábado, a minha filha telefonou-me pela 1ª vez ás 09:00 apenas para saber onde é que o seu paizinho estava.

Bom, moral da história. Fui buscá-la ás 14:00 a casa da mãe e fomos até ao BelouraShopping. Depois de irmos vêr o maldito filme das cadeiras que mexem e que dura apenas 15 minutos, fomos ao supermercado El Corte Inglês comprar chourição espanhol e pão de Sesimbra.

Fizémos as sandochas para levar para a praia de S.Pedro (a que tinha menos vento) e lá fomos com 2 baldes de plástico para fazermos os castelos que são destruidos de imediato.

Pelo caminho, comprámos as pulseiras tipo «livestrong». Desta vez comprei uma um pouco radical «freelebanon». P'ra variar um pouco. Depois de vários banhos, mergulhos, yogurtes com sandes, castelos e um gelado e como já eram 19:30, fomos para casa tomar um banho e ála que se faz tarde. CascaiShopping com eles (para jantar picanha com batatas, esparguete e Ice Tea de pessego).

Para finalizar este dia, comprámos um jogo para o computador na Fnac, instalámos o mesmo no computador e jogámos até á meia noite.

Hoje já está com a mãe, pois tem de ir a outros sitios.

Não é fácil aguentar um ritmo destes, mas é excelente tentar.

Bincadeira

Se estás mesmo decidido a casar-te, então casa-te com uma mulher bonita, casa contrário, depois vais ter muita dificuldade em encontrar alguém que te ajude a livrar dela!

Jantar de 5ª feira

Sendo 5ª feira, lá rumei até á marina para o jantar da semana com o tal solteiro e o casado (amigos de infância).

Para não ir contra a corrente, pedi o carpaccio de vitela (divino) seguido dos escalopes panados com spaguetti al denti (fabuloso).

Depois de umas boas imperiais e de umas boas horas de divagação, lá chegámos ao pacto de sempre «não acabar com este jantar semanal».

O solteiro de 39 anos continua a defender a teoria de não casar. Apenas namorar e no máximo 6 meses com cada namorada, pois mais pode trazer complicações sérias. Quando me lembro de o questionar sobre o tema dos filhos, a sua resposta é a mesma desde que o conheço. Prefere ser tio dos filhos dos amigos, e que já são demais.

O casado vive uma vida divertida. Tem 3 filhos, uma mulher chata como uma sogra e uma profissão que o ocupa bastantes horas por dia. Sempre que pode, pega na família e vai de férias. Tem uma vida estável.

O divorciado (eu), tenho 1 filha (a mais linda do mundo), uma ex um pouco complicada, uns sogros que não chateiam, uma família grande e barulhenta (quando estamos juntos até tocamos jambé e bateria), divertido e viciado em bons restaurantes.

Com estes 3 perfis completamente diferentes, é raro o jantar em que o assunto de discussão seja sério e normal. Ou seja, só sai mer.....

Abençoadas 5ª feiras.

Pai sofre

É verdade. Para quem não acredita, experimente sair com a sua filha de 5 anos.

Se for a um centro comercial, aconselho apenas o Colombo, pois dos que conheco é o único que se lembrou dos pais divorciados. Caso a sua filhinha queira fazer xixi, tem no piso intermédio e junto ás lojas de crianças o abençoado «fraldário». Faz lembrar as casas de banho dos colégios.

Aí pode entrar sem problemas. Claro que o mesmo não se aplica ás mães com filhos. Esses podem ver os pipis das senhoras que se encontram nas casas de banho. Já as filhas não podem ver as piliinhas dos homens (e acho muito bem que assim seja). O problema é o transtorno que causa aos pais.

Agora imaginem o filme após uma ida ao cinema, jantar e umas comprinhas. Entramos nesse «fraldário» tipo pai natal com o carrinho de bonecos acabado de comprar, copo de pipocas, garrafa de água, porta copos que trouxemos do restaurante, casaquinho de lã e blusão (pois quando saimos de casa, a mãe disse que podia arrefecer). Em Julho ?

Após todo este desafio, ainda sou desafiado para ir comer um crepe antes de ir para casa.

Quando finalmente chega a 2ª feira e tenho que ir trabalhar, aí sim, começa o meu verdadeiro descanso semanal.

P.S. Se puderem ter filhos, força. Pois no meio disto tudo, é um espectáculo

(Sobre)viver sem fogão

Fácil, muito fácil.

Quando voltei a viver sozinho, fui a uma loja de electrodemesticos abastecer-me desses equipamentos. Comprei todos menos o fogão, nem sei bem porquê. Julgo que a ideia seria de ter uma placa e um forno. Mas como nunca mais voltei a essa loja, fui adiando a compra.

Assim, 3 ou 4 dias depois, entregaram na minha nova casa as peças que comprei. Umas ainda nem as tirei das caixas (tipo varinha mágica).

Mas uma peça muito importante é seguramente o micro-ondas. Nele aqueçi o leite da minha filha, descongelei a sua sopa, fiz o seu arroz que aprendi através de um anúncio de televisão onde aparecem 3 tipas super feias, etc, etc. Enfim, não conseguia passar sem o micro-ondas. Até dá para fazer maças assadas.

Mas como viver sem fogão ? Nos dias dos filhos, nada como almoçar e jantar em restaurantes. A minha adora.

Nos outros dias temos sempre a comida que trazemos de casa da mãe e que basta aquecer no micro-ondas. Devemos também experimentar aqueles números de telefone das pizzas, indianos e afins. Claro, temos sempre aquele jantar de um(a) amigo(a).

Mas segredo, segredo, é aquele número 13 do jardim dos passarinhos. Conhecem ? É um take away. Em 2002 era muito bom. Tinha tudo o que nos apetecesse jantar e com uma qualidade excelente. Em 2004 deve ter mudado de fornecedores e agora está uma boa bosta.

Assim, e felizmente já encontrei mais algumas empresas deste género.

5ªs feiras são dias de gula. Não necessito de fogão pois por regra vou até á marina jantar o meu divinoso carpaccio de vitela seguido de uns panados com spaguetti do além. Nesses dias somos 3 á mesa e saimos tipo bolinhas. Tiramos a barriga da miséria. Eu sou divorciado, outro é solteiro e o 3º reclama com a mesa da sua senhora.

Enfim, para quê um fogão ? Só iria ficar comodista, perder todos estes convivios, impestar a casa de cheiros e aumentar as compras no supermercado.

Até logo,

A Idade do Divórcio

Devia haver uma idade para o divórcio como há para o casamento. As desilusões domésticas têm o seu tempo para se transformarem em cicatrizes que vão desaparecendo com o passar dos anos. Por isso é que nos velhos casais há uma recordação da vida em comum que se assemelha à santidade. Contam peripécias leves e dão ao passado um colorido quase caricato pela força do distanciamento em que se encontram. A verdade é que sofreram os mesmos desenganos e turbulências que os jovens arrumam e põem de lado sem dar tempo a transformarem-nos em recalques.

Agustina Bessa-Luís, in 'Antes do Degelo'

Início de um divorciado

Faz este mês 3 anos que começou esta nova vida. É normal na minha geração. Nós os 30's devemos estar com uma taxa de descasamento bastante simpática o que me leva a refletir um pouco.

Será que é uma nova vida ? Tipo nascer de novo ?

A única diferença é que não vamos sozinhos. Normalmente levamos filhos. No meu caso 1 filha lindaaaaaaaa.

Mas como sou homem, levo-a como part-time o que não faz muito sentido na minha educação dentro de uma família que não tem histórico de divorcios.

Bom, passando á frente.

Divorciado. Será bom ou será menos bom ?

Financeiramente falando é menos bom. Isso é certo. Antes sequer de começarmos a liquidar as nossas despesas mensais, aparece sempre o dito (telefonema); «Olá, estás bom ? A Ma..... quer falar contigo. Ah é verdade, não te esqueças de transferir o dinheiro.» Não falha 1 mês.

Socialmente falando é bom.
Bom pela disponibilidade para praticar aquele desporto com que a senhora embirrava;
Bom porque podemos ir jantar com aquele amigo que telefona sempre por volta das 19:00 sem ter que lançar a ideia de congelar o jantar para o dia seguinte. Nem sequer temos fogão em casa;
E muitas mais razões.

Enfim, estou divorciado.

Agora estou no escritório. A seguir vou apanhar a minha filha e vou até ao McDonalds andar nos escorregas enquanto como um maldito menu McFish.

Até logo